Vamos continuar nosso passeio para conhecer a outra metade da Orla Conde, e descobrir como fazer um passeio de barco barato pela Baia de Guanabara.
Como chegar na Orla Conde?
A melhor forma de chegar na Orla Conde é usar o Metrô e o VLT.
Vá até uma estação do Metrô e pegue o trem da Linha 1, até a estação CINELÃNDIA. Saia da plataforma seguindo as placas da saída A – Theatro Municipal. Você já começa o passeio bem em frente a um dos mais belos e imponentes prédios do Rio. Inaugurado em 1909, é considerado a principal casa de espetáculos do Brasil e uma das mais importantes da América do Sul.
De frente para o teatro você verá à direita a linha do trem VLT, caminhe até a parada e pegue o VLT sentido Rodoviária. Desça na Parada dos Museus. Você vai estar em frente ao Museu do Amanhã onde começa a nossa segunda parte de nosso passeio à pé pela Orla Conde, ou Boulevard Olímpico.
Você também pode ir de ônibus, mas para isso vai precisar da ajuda de um aplicativo. Aconselho que você baixe no seu celular o MOVIT. Ele localiza onde você está, indica onde fica o ponto mais próximo, a linha de ônibus que você precisa pegar e acompanha você durante a viagem, indicando, com um alerta sonoro, o ponto em que precisa descer.
Orla Conde: Da Praça Mauá ao Largo da Misericórdia
Nosso ponto de partida vai ser o Museu do Amanhã(1). Se você está de frente para o Museu, vamos seguir para a direita.
Acompanhe o roteiro seguindo a linha vermelha no mapa abaixo. Os números entre parênteses, no texto a seguir, estão nos sinalizadores colocados no mapa, indicando cada local citado.
O caminho acompanha o contorno da Baía de Guanabara. Pequenas praças e jardins convidam para sentar e apreciar um pouco a paisagem e o entardecer.
Seguindo pelo Caminho, podemos ver, bem a frente a Ilha das Cobras(3), que já pertenceu ao mosteiro de São Bento. Segundo os Monges a população dos répteis aumentou muito na ilha e as cobras, se atiravam ao mar para encontrar alimento no continente.
Hoje, a Ilha das Cobras abriga o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, responsável pela construção e manutenção de embarcações da Marinha.
Vamos passar por baixo da ponte Arnaldo Luz(2), que leva até a ilha das Cobras, e apreciar o belo prédio do Centro de Controle Interno da Marinha(4).
No palco da chama olímpica.
Estamos chegando ao local onde ficou acesa a Pira Olímpica(5) durante as Olimpíadas Rio 2016. A escultura, do artista Anthony Howe, gira impulsionada pelo vento.
Bem em frente à escultura está a Igreja de Nossa Senhora da Candelária(6). Sua história data de 1609, quando um casal de Portugueses chega ao Rio, no navio “Candelária”, que quase naufragou em uma terrível tempestade. Cumprindo a promessa feita a bordo, por terem sobrevivido ao temporal, o casal mandou erguer uma pequena capela, em frente ao mar, onde fica, hoje, a Igreja.
Teatro, música, artes, cinema.
Chegamos a um importante Corredor Cultural da cidade.
Numa caminhada de 60 metros você vai conhecer três importantes Centros Culturais, que ocupam prédios do século XIX: o CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil, a Casa França-Brasil e o Centro Cultural dos Correios.
O Centro Cultural do Banco do Brasil – CCBB(7) é um dos mais importantes do Rio. O prédio, em linhas neoclássicas, teve sua pedra fundamental lançada em 1880 e desde 1920, pertence ao Banco do Brasil. Além das salas de exposição, o CCBB tem três salas de teatro e duas salas de cinema. Todas repletas de atrações durante todo o ano. Em geral as exposições tem entrada franca e as peças de teatro e shows tem preços reduzidos. Vale a pena conferir a programação na época de sua viagem.
Veja aqui os horários de funcionamento.
Só o prédio da Casa França-Brasil (8), já é um monumento histórico.
Inaugurado em 1820, como a primeira Praça do Comércio do Rio de Janeiro, é o primeiro registro de construção em estilo neoclássico do estado. Hoje o prédio é um pólo de difusão de cultura e referência em arte contemporânea, com atrações que se revezam durante o ano. Entrada Franca.
Consulte a programação aqui e veja os horário de funcionamento.
O prédio do Centro Cultural dos Correios (9), do início do século XIX, abriga, em seus três andares, dez salas de exposição, um teatro,
uma pequena galeria de arte e um bistrô.
Durante todo o ano, o Centro promove mais de 50 eventos que incluem: teatro, dança música, cinema e vídeo além das exposições de arte.
O charme fica por conta do elevador, do início do século, de onde se tem uma visão panorâmica do ambiente interno.
Você pode conferir a programação na época de sua viagem e os horários de funcionamento aqui.
Conheça o interior de um submarino.
Vamos continuar pela Orla Conde. Cruzamos o pátio ao lado do Centro Cultural dos Correios e estamos em frente ao Espaço Cultural da Marinha(10). Instalado nos prédios das antigas docas da Alfândega, numa área que foi aterrada no final do século XIX.
A visita ao Espaço Cultural da Marinha permite conhecer o interior do Submarino Riachuelo, do Contratorpedeiro Baurú e do helicóptero antisubmarino Sea King (Rei do Mar).
No comprido prédio do Museu Marítimo está a Galeota D. João VI, construída em 1808, em Salvador, e usada pelos imperadores brasileiros para passeios na Baía de Guanabara.
Passeio de barco barato pela Baía de Guanabara.
De quinta a domingo, você pode aproveitar e curtir um passeio de barco barato que parte do Espaço Cultural da Marinha.
Em um deles você embarca no Rebocador Laurindo Pitta e circula pela Baia de Guanabara. Um passeio belíssimo para apreciar, de outro angulo, os principais pontos turísticos da cidade.
Veja aqui o mapa com o roteiro do passeio e a relação dos pontos turísticos por onde o rebocador passa.
Visita ao Castelinho da Ilha Fiscal.
O outro passeio de barco barato é feito à bordo da Escuna Nogueira da Gama. Uma visita à Ilha Fiscal, um posto alfandegário da época do império. O prédio, em estilo neoclássico, foi inaugurado em 1889. O projeto, do Engenheiro Del Vecchio, foi premiado com Medalha de ouro na exposição da Academia Imperial de Belas Artes.
A ilha ficou conhecida por ser palco do “Último Baile do Império”, que aconteceu no dia 09 de novembro de 1889. O Imperador chegou à festa a bordo da Galeota que está exposta no Museu Marítimo. Seis dias depois do baile o golpe Republicano derruba o Império e proclama República.
O “Castelinho”, totalmente restaurado em 1996, abriga um pequeno Museu-histórico, mantido pela Marinha.
Na fachada da torre central está o único brasão da Família Real que restou no país depois da Proclamação da República. Esculpido, na época, por um excelente artesão negro, por pouco não foi destruído pelos republicanos, que estavam eliminando todos os símbolos que representavam o Império.
Vale muito o passeio até lá.
Veja aqui a frente e o verso do impresso com as informações sobre os dois passeios marítimos.
Aqui estão as informações sobre horários e preços dos passeios.
E aqui estão as informações sobre horários e preços das visitas ao Espaço Cultural da Marinha.
No próximo post a continuação deste passeio pela Orla Conde. Vamos Passar pela Praça XV, de onde partiu para o exílio a Família Real, na época da Proclamação da República e vamos até o Museu Histórico Nacional.
Próximo post: RELIGIÃO E ARTE NO CAMINHO DA ORLA CONDE.
Fizemos o passeio de barco pela Baía de Guanabara no último 16/6/2017. Valor: R$30,00 por pessoa. Vale muito a pena! Tem guia que vai contando a história e dando dicas de passeio dos lugares que vamos avistando. Imperdível!